segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O Dia do Curinga - Jostein Gaarder



JOSTEIN GAARDER.
Filosofia - 378 PÁG.
CIA. DAS LETRAS.
R$51,50
NOTA 06/07

Foram necessários apenas dois livros para que Jostein Gaarden, encabeçasse, junto com Luis F. Veríssimo e Victor Hugo uma lista de melhores escritores de todos os tempos; tudo bem que esta lista seja a minha própria, mas vale a indicação para uma ótima leitura filosófica e ao mesmo tempo “romantesca”.
Nascido na Noruega, Gaarder é um teólogo que deu aulas de Filosofia, antes de trilhar o caminho de escritor, foi com o lançamento de “O Mundo de Sofia” que ele pode se dedicar totalmente ao mundo literário. Precedente a este Best Seller, Gaarder escreveu “O Dia Do Curinga” (1990 – R$51,50 – 378 pg. – Cia. Das Letras).
As duas obras são magníficas, entretanto o mais difícil de ambas e tê-las como obras de estudo e aprendizagem e deixar a parte o lado novelesco.
O dia do Curinga é uma grande obra de arte, bem escrito e dotado de uma trama fantástica; repleto de enigmas, mistérios e fantasia, ele ainda tem de quebra uma bela iniciação ao pensamento filosófico, a contos mitológicos e a Grécia Antiga, berço da civilização, com seus templos e seus filósofos.
Hans-Thomas é filho de um filosofo beberrão, que parte em viagem junto ao seu pai para reencontrar a mãe, que o havia abandonado há oito anos.
Ao passar pelo vilarejo de Dorf, Hans ganha de presente uma lupa e um livro minúsculo, o qual guarda um segredo de várias gerações de sua família, e que o conduzirá para o seu futuro predestinado - O segredo da ilha mágica, cujos habitantes, transpassaram a imaginação em forma de cartas de baralho e saltaram para a vida de carne e osso.
Complicado não?
Exatamente!
É isso que faz de O Dia do Curinga, um dos melhores livros que já li, o fato de ele não poder ser resumido em poucas linhas, pois cada um dos seus 53 capítulos (um para cada carta do baralho) se sustentam de forma a não ser possível um breve resumo para seu total esclarecimento. Isso o faria apenas mais um nas bibliotecas cujas obras desinteressantes são devorados pelas traças.
Se você é uma pessoa atenta, ou ate mesmo um filosofo predestinado, se interrogou ao constar que um baralho tem apenas 52 cartas e não 53 como acima citado; eis que surge o Curinga do baralho! Com seu jogo de perguntas inquietantes e reveladoras que colocará o segredo da criação dos habitantes da ilha em cheque!
Nos resta saber, quem é o curinga da humanidade, Hans? Gaarder?
ou o Leitor?
Talvez seja você o próximo Curinga!

Boa Leitura...

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