O Ilusionista (Neil Burger)

FICHA TÉCNICA
NEIL BURGER.
REP. TCHECA, EUA – 2006.
DRAMA - 01:50
Paul Giamatti, Jéssica Biel, Rufus Sewell e Edward Norton

ROTEIRO: Roteiro escrito por Neil Burger, baseado na história de Steven Millhauser.
FOTOGRAFIA: Dick Pope.
PRODUÇÃO: Brian Koppelman, David Levien, Michael London, Cathy Schulman e Bob Yari.
MUSICA: Phillip Glass.

ENGRAÇADO COMO SÃO AS COISAS, COMPREI O ILUSIONISTA SÓ PORQUE HAVIA UMA CHAMADA NA CAPA QUE DIZIA “DOS MESMOS PRODUTORS DE CRASH“ - CRASH FOI UM FILME QUE ADOREI, SURPREENDENTE, E PARA QUEM ME CONHECE, SABE QUE PARA MIM, SURPREENDENTE SIGNIFICA ALGO QUE DE FATO FOI ESPECIAL, E SÓ O DIGO PARA AQUILO QUE EU MAIS DO QUE GOSTEI.
ENFIM, COMPREI O DVD NO MÊS DE JULHO E DESDE ENTAO NÃO ASSISTI MAIS NENHUM FILME, NEM NO CINEMA, NEM LOCADO, QUIÇA ESTES INÉDITOS DA SESSÃO DA TARDE.
SÓ O FATO DE A BELEZA DE JESSICA BIEL ESTAR DIANTE A TELA, JÁ VALERIA TE-LO COMPRADO, ENTRETANTO (PALAVRA QUE NUNCA FOGE DAS MINHAS RESENHAS) NÃO ENTENDO PORQUE CARGAS D´ÁGUA O DEIXEI DE LADO POR MISEROS 3 MESES.
QUANDO DECIDI ASSISTI-LO FOI POR FALTA DE OPCAO DE OUTRO QUALQUER, E PELO FATO DE NÃO TER PEGO O CD DE FUTEBOL DO PLAYSTATION.
ENTÃO ESTOUREI A PIPOCA, A TARDE ERA CHUVOSA E O DIA OCIOSO E DEPOIS DE ALGUMAS PRÉVIAS INSTALAÇÕES SO ME RESTOU APERTAR A TECLA “PLAY”.
E EIS QUE COMEÇOU O ARREPENDIMENTO PELA DEMORA.
A PRINCIPIO O FILME SE MOSTRA CHEIOS DE CLICHÊS; A VELHA HISTÓRIA DE DOIS JOVENS AMANTES QUE SÃO SEPARADOS PELAS DIFERENÇAS DE CLASSES; ELE UM CAMPONES ELA UMA DUQUESA E O RETORNO À VELHA CIDADE DO MENINO QUE ANTES ERA POBRE AGORA ENRIQUECEU E SE TORNOU A ATRAÇÃO PRINCIPAL.A HISTORIA É NARRADA PELO INSPETOR CHEFE DA POLICIA, INTERPRETADO POR PAUL GIAMATTI, QUE É AMIGO DO PRINCIPE E POR ESSA AMIZADE, VISA O CARGO DE PREFEITO DA CIDADE.
O PRINCIPE POR SUA VEZ É NOIVO DA DUQUEZA E DOTADO DE ESTREMA INTELIGENCIA ALMEJA DESMASCARAR OS TRUQUES DE EISEHEIM.
NESSE INTERIM, DUQUESA E EISEHEIM, DECIDEM VIVER JUNTOS, TENDO QUE PARA ISSO PLANEJAR UMA FUGA, DESSA CENA EM DIANTE QUE O FILME DEIXA DE SER UM ENLATADO AMERICANO E PASSA A TER A FACE DE ALGO INOVADOR E EXTRAORDINARIO É QUANDO SURGEM OS ASSASSINATOS, OS TRUQUES EXCEPCIONAIS E AS INTRIGAS E CONSPIRAÇÕES QUE VAO FAZER DO FINAL DO FILME, ALGO INESPERADOO FILME NÃO CHEGA A SER UMA OBRA PRIMA MAS DE FATO É SURPREENDENTE. E O MELHOR FICA POR CONTA DO FINAL.

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IRA - Xadrez, truco e outras gueras. (José R. Torero)

José R. Torero.
Romance – 184 pág.
Ed. Objetiva – 1998.
R$17,35
NOTA 04/07
ISBN 85-7302-215-9
Série: Plenos Pecados.


APESAR DO NOME, POUCO HÁ DE RAIVA E ÓDIO – ESTES QUE SÃO OS PRÓPRIOS SINONIMOS DA IRA - NESTA OBRA ESCRITA POR JOSE. R. TORERO, OS SEUS PERSONAGENS SEM MUITAS CARACTERISTICAS DISTINTAS NÃO HÁ POSSUEM MESMO VIVENDO OS ARDORES DE UMA GUERRA SANGUINÁRIA.
O LEITOR DIANTE TANTAS INFORMAÇÕES E EXPLICAÇÕES DE TORERO SE HABITUA E AMBIENTALIZA COM A PROPRIA IRA PASSA ATE MESMO A CONHECER TODA A SUA ARVORE GENEALOCICA, MAS EM NENHUM MOMENTO SE VÊ POSSUIDO DESTE QUE É O PECADO MAIS COMUM ENTRE OUTROS TANTOS.
IRA – XADREZ, TRUCO E OUTRAS GUERRAS (184 PÁG – ED. OBJETIVA) É O TERCERIO LIVRO DA SERIE PLENOS PECADOS LANCADO PELA EDITORA OBJETIVA; NARRA A HISTORIA DE UMA GUERRA EM QUE PREDOMINA OS DESEJOS PESSOAIS E OS CAPRICHOS DAQUELES QUE A CRIARAM E A MANTÊM, AO CONTRARIO DO QUE ERRONEAMENTE IMAGINAMOS QUE SEJA OS VERDADEIROS E BONS MOTIVOS PARA UMA GUERRA.
A PRIMEIRA PAGINA DO LIVRO É ESCRITA EM CAIXA ALTA E LETRAS GARRAFAIS O QUE DEIXA BEM CLARO O QUE SERIA UMA DISCUSSÃO ENTRE O REI E O DIPLOMATA DE UM PAÍS COM INTERESSES IMINENTES; E ASSIM A GUERRA SE FAZ, COMANDADA POR SEU GENERAL QUE DESEJA A SUA IMORTALIDADE NOS LIVROS DE HISTORIA E SEGUIDA POR TODOS NA HIERARQUIA MILITAR CADA QUAL COM SEU CAPRICHO E DESEJO POR MAIS ÍNFIMO QUE SEJA, ENTRETANTO NENHUM, ENTRE SOLDADOS, SARGENTOS, TENENTE VAI À GUERRA POR IRA AO INIMIGO.
É EVIDENTE A ANALOGIA COM A GUERRA DO PARAGUAI, EM QUE DE QUALQUER ÂNGULO SE VÊ INJUSTIÇA (SE É QUE HÁ ALGUMA QUE SEJA JUSTA) PELA DIFERENÇA DE EXTENSÃO TERRITORIAL E PODERIO MILITAR. A SITUAÇÃO TOMA PROPORÇOES AINDA PIORES QUANDO O REI DECIDE SE APROPRIAR DAS TERRAS VIZINHAS. O EXERCITO DO REINO DESTROÇA O EXERCITO INIMIGO E TOMA POSSE DAS CASAS E COMERCIOS DE CIVIS ASSIM COMO DE SUAS MULHERES – SÓ MAIS DO MESMO, EM QUALQUER GUERRA, ATE MESMO O FATO DE OS CIVIS SE REVOLTAREM E PROVOCAR UMA DEMANDA DE MORTES INESPERADAS, A ULTIMA.
APESAR DO CONTEXTO CRITICO A OBRA É CHEIA DE GRAÇA, TORERO CONSEGUE DEIXAR O CLIMA AMENO E O LIVRO LEVE E ENGRAÇADO, COM PERSONAGENS SIMPLES E DISTINTOS. ELE FOGE DA PRINCIPAL PREMISSA DA LITERATURA QUE CONSISTE EM DEIXAR O NARRADOR OCULTO E IMPARCIAL QUANDO A HISTORIA FOR CONTADA EM TERCEIRA PESSOA. TORERO DILACERA A REGRA COM SUAS OPNIOES E PALMITES QUE EXPOE AO LEITOR, DEMORA ATE MESMO A COLOCAR O PROTAGONISTA EM CENA, E QUANDO O FAZ, MANIFESTA A INTENSÃO DE FAZÊ-LO, ENTRETANTO EVITA A PROXIMIDADE COM O PROPRIO E SEQUER TEM A PREOCUPAÇÃO DE DAR LHE UM NOME.
O LIVRO POR SER CURTO, É A OPÇÃO PERFEITA PARA UM FINAL DE SEMANA, NO ONDE QUER QUE VOCÊ ESTEJA. E NO FINAL DE TUDO VOCE AINDA SE PERGUNTA ONDE ESTÁ A IRA? TALVEZ EM UMA PARTIDA DE TRUCO OU XADREZ. PORQUE NÁ GUERRA ONDE SÓ HÁ INTERESSE NÃO HÁ ESPAÇO PARA ELA.

Boa leitura...

Os Homens que não Amavam as Mulheres (Stieg Larsson)

Stieg Larsson.
Romance – 522 pág.
Cia. Das Letras – 2008.
R$14,80
NOTA 05/07
ISBN 978-85-359-1324-8
4ª reimpressão.

É TRISTE SABER QUE O JORNALISTA E ESCRITOR SUECO “STIEG LARSSON” MORREU ANTES MESMO DE VER O SUCESSO ARREBATADOR DOS SEUS LIVROS; ENTRETANTO ISSO SÓ FEZ DESPERTAR MAIS INTERESSE ENTRE OS LEITORES DE TODO O MUNDO, JÁ QUE ELES LIDERARAM LISTAS EM PAÍSES COMO ALEMANHA, NORUEGA, ITÁLIA, DINAMARCA, FRANÇA, INGLATERRA ENTRE OUTROS. NESTE CASO NÃO SE TRATA DE UM RECONHECIMENTO PÓSTUMO, E SIM UMA TRISTE COINCIDENCIA QUE SERVIU DE TRUNFO PARA A EDITORA NA PUBLICAÇÃO DOS LIVROS.
O PRIMEIRO TRAZ NA CAPA O NOME: OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES (522 PÁG – CIA. DAS LETRAS) SE A EDITORA PECOU EM TER UM NOME TÃO EXTENSO, ACERTOU NO QUESITO DESIGN, A CAPA É BELISSIMA E ATRAENTE, E O CONTEUDO É CHEIO DE INGREDIENTES QUE FARÃO O LEITOR CONTAR OS SEGUNDOS PARA VIRAR AS PAGINAS. O PROTAGONISTA É MIKAEL BLOMKVIST, QUE TAMBEM É JORNALISTA E EDITOR CHEFE DE UMA REVISTA QUE DENUNCIA AÇOES SUSPEITAS DE EMPRESAS QUE AGEM ILEGALMENTE. QUALQUER SEMELHANÇA COM O PROPRIO AUTOR NÃO SERÁ MERA COINCIDÊNCIA.
EM UMA DESSAS DENUNCIAS MIKAEL ACABA SENDO PROCESSADO POR INJURIA E DIFAMAÇÃO, CONDENADO SE VÊ NA OBRIGAÇÃO DE ACEITAR UMA PROPOSTA QUE APESAR DE BEM REMUNERADA É QUASE IMPOSSIVEL - DESVENDAR O ASSASSINATO DE HARRIET, SOBRINHO DE HENRIK VANGER, UM DOS MAIORES INDUSTRIAIS DA SUECIA. HARRIET ESTÁ DESAPARECIDA HÁ MAIS DE 30 ANOS.
NA OUTRA LINHA DA HISTÓRIA, O AUTOR NARRA A VIDA DE LISBETH SALANDER QUE DEVIDO AO SEU COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL NÃO É CONSIDERADA APTA PARA CUIDAR DE SUA PROPRIA VIDA, E APÓS A MORTE DE SEU ÚNICO AMIGO PALMGREN, SE VE NAS MAOS DE UM NOVO TUTOR, QUE AO CONSIDERÁ-LA UMA GAROTA FRAGIL PASSA A ABUSAR SEXUALMENTE DELA E A HUMILHÁ-LA. COM REQUINTES DE CRUELDADE, LISBETH RETOMA AS REDEAS DA SITUAÇÃO E MOSTRA PORQUE É CONSIDERADA A MELHOR PERSONAGEM DO LIVRO.
ESSES RELATOS SÃO BEM DETALHADOS, ASSIM COMO A DESCRIÇÃO DA PERSONALIDADE DE TODOS, ISSO FAZ COM QUE O LIVRO DEMORE A ENGRENAR, MAS SE HOUVER FOLEGO SUFICIENTE PARA SE CHEGAR INTEIRO A ILHA DE HEDESTAD, VOCE TERA EM MÃOS UMA DAS MELHORES OBRAS DE SUSPENSE DA ATUALIDADE. E TERÁ QUE SUPORTAR A ANSIEDADE E ADRENALINA EMANADA DO LIVRO QUANDO MIKAEL E LISBETH SE JUNTAM PARA REVELAR UM HISTORICO DE ASSASSINATOS E CRUELDADES COMETIDOS POR UM DOS MEMBROS DA PROPRIA FAMILIA VANGER.
MERITOS PARA O AUTOR PELO SUCESSO AVASSALADOR DA OBRA, CUJO PRINCIPAL MOTIVO É A FORMA COMO ARTICULA ASSUNTOS TAO POLEMICOS E TAO VIVOS NA SOCIEDADE COMO MAUS TRATOS A MULHER, SADISMO, PRE-CONCEITOS E ABUSO DE PODER SEM CAIR NO “MAIS DO MESMO”.
A SURPRESA FICA PELA QUEBRA DO PARADIGMA QUE A SUECIA É UM PARAÍSO ONDE NÃO HÁ CORRUPÇÃO E TODOS OS POLITICOS SÃO HONESTOS E OS SERES HUMANOS SÃO NORMAIS. LISBETH QUE NOS DIGA.