quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Simples Assim!

Depois de seis meses, lendo e relendo sobre estoques, gastando um pouco do salario no restaurante do SESC; recebendo um monte de piadinhas no Whatsaap e lendo novamente sobre estoques, chegou a hora da Logística Reversa! Que apesar de andar de braços dados com a Logística Verde, não é a mesma coisa. Pelo amor de deus, não confundam, o Professor Ricardo Agradece.
Além de diferencial competitivo, a Logística Verde é uma forma de atrair clientes, que se preocupam com o bem estar. São muitas as empresas que agora, estampam com orgulho no peito o status de empresas preocupadas com meio ambiente, sustentabilidade, logística verde e logística reversa, bom seria mesmo, se isso tomasse a mente de todos, fornecedores, colaboradores, diretores e usuários; e todos passássemos a viver de forma sustentável, para que nossos netos e tartarugas não tenham que viver em condições piores das que temos.
Não que todos estejam fazendo isso por bondade e benevolência, alguns ate que sim, mas o fato é que fazer isso é pratico; gratificante e saudável, e se bem organizado ainda da rende uma grana no bolso. Sem falsa hipocrisia, de nada adianta sermões e teorias sobre sustentabilidade; e ter descansando no piso do quarto; um tapete de urso polar.
Salientar o quanto somos reféns do papel é o mais importante, e corrigir os hábitos. Simples Assim. As crianças de hoje em dia talvez não sofram desse mal, em um mundo todo digital, poucos tem contato direto com o papel; veem seus e-mails, dão suas risadas, mandam suas cantadas e tudo limitado ao “Touch” do celular.
Agora gerações de “eras” passadas, a qualquer historinha, besteirol ou informação juntam os dedos Mínimo e Polegar e pressionam as teclas CTrl + P; e lá se vai mais um galho de arvores para a carroceria de uma graneleira pelos lados do Amazonas. Exageros a parte, ate mesmo por que um eucalipto adulto é capaz de produzir uma pancada de folhas de papel A4; isso todo mundo sabe, principalmente o Leandro; o que poucos sabem; é que para produzir um quilo de papel, são necessários 540 litros de agua, agora imagem quantos quilos de papel as empresas gastam? Minha calculadora nem conseguiu fazer as contas.
O fato é que imprimimos quantias exorbitantes de papel, sem necessidade, por pura preguiça ou por mau habito, como deixar a cueca suja pendurada no banheiro, sabendo que o cesto fica atrás da porta.
Em todos os casos, o mal que fazemos é drástico e a falta de respeito é tremenda, imprimir, hoje em dia em sua maioria é desnecessário, e convenhamos: Lamentável.
Mudança de habito além de um filme muito engraçado é algo que precisamos inserir, quando o assunto é sustentabilidade, vai lá que não é tal fácil assim, ainda mais para os que já passaram da segunda década de vida, mas também não é nada do outro mundo. O barato é reavaliar esses costumes. Se não quiser jogar as cuecas no cesto de roupas, tudo bem, as mulheres existem para isso mesmo, mas pelo menos, diminua o consumo desnecessário tanto de papel, quanto de qualquer outro material; ao invés de imprimir, sei lá, crie arquivos digitais, além de ocupar menos espaço, não junta poeira e ainda a procura é bem mais pratica do que a convencional. E tudo isso por questão de hábitos. E o melhor. Economia! Espaço, grana e tempo! Olha só que coisa boa.
Configurar a impressora a impressora e visualizar a impressão antes de imprimir minimiza as chances de você perder papeis mal impressos, no caso apostilhas e/ou grandes quantidades; sempre usar os dois lados da folha, mais economia em espaço e papel outro lance bacana de ser feito, blocos de papeis com rascunho.
Enfim, são varias as formas de praticarmos a sustentabilidade e agredirmos menos o meio ambiente, é só policiarmos os nossos atos e costumes. Não precisa todo mundo fazer suas necessidades no quintal, ou sair por ai, “catando” latinha. A coisa é simples assim!

Com uma árvore é possível fazer 3.000 palitos de fósforo. Um fósforo é suficiente para queimar TRÊS MILHOES DE ARVORES”

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Logística Operacional - Guia Prático (José Antônio de Mattos Castiglioni)


Eu não sei se José Mattos Castiglioni não teve um “Super Nintendo”, não assistia episódios do “Chaves” ou se viveu 100 anos; o fato é que o colega em questão é professor de varias escolas e cursos de educação. Graduado em administração e pós-graduado em gestão, acumula em seu curriculum vitae especializações tais como: Contabilidade; Assistente Administrativo; Assistente Financeiro; Gestão de R.H. e Pessoal; Gestão Empresarial, Logística e Gestão de Processos Industriais; se tudo isso já não fosse o bastasse ainda tem carga para ser palestrante, o cara é quase uma samurai, e caro colegas, imagino eu devido as circunstancias que esse é um dos camaradas que norteiam as ideias do nosso professor Sergio Torres. Então talvez vale a penar tirar o livro da mochila e dar uma folheada nele, para os que não dispõem de tempo e paciência para tal, segue um resumo breve da obra.
Cap. I – Introdução a Logística Operacional.
Ganha um bombom da Luzia quem adivinhar o tema inicial do livro, mas não vale colar do Mateus... Adivinhou quem disse: “a Historia da Logística”, agora é só cobrar o próprio Mateus pelos bombons. Como se espera, a maioria deve saber que a logística teve inicio na época em que nossos antepassados boçais se entrincheiravam defendendo um ideal ou um território, e como muitas vezes as batalhas eram extensas e longínquas, eles tinha que se locomover por dias ate longas distancias, levar consigo, mantimentos, suprimentos e ate mesmo os nobres soldados, com o passar do tempo e com a evolução da tecnologia a logística passou a abranger em outros ramos, ainda sobre a influência militar. Foi depois da depressão americana em que ela começou a dar passos largos, quando só para variar os americanos tiveram a grande ideia de produzir e vender com lucros altíssimos.
Entre a década de 50 e 70, as empresas já tinham um olhar clinico para o marketing que se estabelecia entre as instituições educacionais. Essa orientação, entretanto não agradava a todos, que insatisfeitos voltaram suas atenções para a distribuição, setor ate então desprezado pela grande maioria das empresas, nesse contexto podemos citar Paul Converse e Peter F. Drucker
Em 1970, um projeto que visava à utilização do transporte aéreo para distribuição foi o evento-chave, levando em consideração a rapidez da entrega e a diminuição dos custos, sendo assim no final do capitulo temos a construção de um bom conceito do termo em que Logística é a área da administração que cuida desde a compra da matéria-prima ou mercadorias ate a entrega do produto acabado ou a mercadoria ao cliente, compreendendo recebimento, armazenamento, produção, separação, transporte e entrega na hora certa, no lugar certo, ao menos custo possível.

Cap. II – Gestão de Estoques.

Compre uma quantidade x de produtos, use o quanto lhe for necessário, o que sobrar pode chamar de estoque, é claro que eu poderia dizer isso de forma bem mais bonita e elegante, mas de fato estoque é isso ai, ele pode ser na forma de matéria prima, produto terminado, produto em processo, ferramentas para produção e reparo, embalagem ou suprimento, como se você fosse um produtor de jabuticabas, e guardasse semente, mudas, adubo, pá e enxada e claro um pote cheio de jabuticabas, pretas, grandes e deliciosas.
Mas como gerir isso e com qual finalidade? Segundo Jose Castiglioni são basicamente duas opções, a primeira quando objetivo é a produção continuada, almejando a produção sem riscos de parada e a segunda a de suprir vendas em que a preocupação é a sazonalidade da demanda, afinal você não quer deixar de vender jabuticabas, por não a tê-las em estoque. Certo?
Nos tempos de hoje, modernos, ate para vender jabuticabas é preciso levar em conta os indicadores, isso reflete na eficiência profissional e principalmente na grana que entra. E aqui entra a PMRE (vá se acostumando com as siglas, pelo visto, vamos ter muitas pelo caminho), Prazo Médio de Renovação de Estoque, que apesar do nome ser extenso e assustador nada mais é do que o resultada da formula (logo abaixo), não precisa arrancar os cabelos se você, assim como eu, tem pavor a matemática, tudo é muito simples quanto menor for o resultado, mas eficiente é a empresa em relação a administração de estoque.
PMRE =                       Estoques                                 .
CMV
 Olha outra sigla ai, CMV - Custo das Mercadorias Vendidas, e por falar em siglas, não podemos deixar de lado outro indicador importante o LEC (que nada tem haver com o funk chato e irritante) esse é o Lote Econômico de Compras e representa a quantidade ideal de compra, logo é ele que proporciona menor custo de manutenção e menor custo de aquisição, que sacada hein!!!
Por que comprar 100 mudas se você pretende plantar apenas 10 jabuticabeiras. No entanto, mesmo com a evolução de novas técnicas sofisticadas, programas informatizados, planejados e integrados a administração de material ainda assenta no tripé

Controle de Estoque
Compras
Almoxarifado

Imagino que uma aula sobre almoxarifado já foi o bastante para entendermos isso, e não se faz necessário a ajuda da Professora Dorys para tal.
Então vamos em frente, e já que citamos um velho jargão, lembram daquele: “1 é pouco, 2 é bom e 3 é demais”, exato, se aplica praticamente de forma perfeita quando o assunto é controle de estoque já que um estoque pequeno te deixa a beira do risco iminente de comprometer o suprimento de compra e um estoque grande demais compromete o Capital de giro. Dinheiro não foi feito para ficar parado, em prateleiras. Então qual a solução?
Vamos mais a frente... O descontrole de estoque da uma dor de cabeça tamanha, e a consequência é o aumento de custos e despesas financeiras, ociosidade de recursos e redução lucrativa.
Aqui entramos em Nivelamento de Estoque a condição ideal do fluxo financeiro dos estoques; o equilibro com o fluxo de consumo. Estamos falando de estoque mínimo. Que deve ser mensurado levando em consideração:
·         Os atrasos na entrega de fornecedores;
·         Variação na media de vendas;
·         Identificação de sazonalidade.

Resumo do capitulo II:
se você planejar mal, você possivelmente será incpaz de cumprir promessas de entrega, poderá ter um estoque maior que a demanda, não terá espaço para armazenagem e terá um aumento significativo nos itens de materiais obsoletos.

Agora tá tarde, eu preciso dormir, volto nos próximos capítulos falando sobre aquele monte de figura legal que tem lá.

quarta-feira, 6 de março de 2013

O Prisioneiro do Céu (C. R. Záfon)

O prisioneiro do céu






O meu primeiro contato com C. R. Zafon foi em “o Jogo do Anjo”, de lá para cá já se passaram mais ou menos uns quatro anos, deste então foram quatro livros lidos do autor, e um que aguarda na estante.

Não dá para dizer que me tornei fã do cara, mas que gosto da sua escrita isso é inegável, O prisioneiro do Céu, não foge a habilidade de Zafon, pelo contrario, parece que o autor esta ainda melhor, a escrita é de forma tão agradável, que muitas vezes parecia que eu estava propriamente dentro da trama, como se fosse um expectador de tudo que acontecia em volta.

O livro é parte da tetralogia do cemitério dos livros procedido pelo famoso à sombra do vento e do próprio O jogo do anjo.

É valido ressaltar que cada livro pode ser lido separadamente sem que haja um conflito de entendimentos, mas é obvio que sempre a fios soltos que a obra posterior acaba engrenando e elucidando possíveis e quaisquer dúvidas.

Záfon é um mestre no quesito contar historia, seus personagens são riquíssimos, e muito bem construídos, a trama tem todo um suspense, sem que para isso o autor tenha que forçar a barra, ele surge de forma natural, e consegue inserir humor mesmo em momentos de pura tensão

Em o prisioneiro do céu, quem ganha muito espaço é Fermín, o ajudante da livraria Sampere, que cresceu junto à trama, Fermín revela os segredos, seus, da família Sampere e da própria vida em Barcelona, o leitor se depara então com sentimentos tão comuns do dia a dia, tal qual vingança, ciúmes e ganância é como se o livro possuísse em seu conteúdo vários contos; mas de forma tão interligadas que o resultado só poderia sair em um Best-seller; se não falo mais da obra em si, é para não cometer a indelicada proeza de expor spoiller, o que não da para deixar de lado é o fato de o livro não ter um clímax e também deixar alguns frestas que possivelmente serão explicadas no próximo livro de Záfon, que aguardamos com muita ansiedade.

sábado, 2 de março de 2013

Argo (Ben Affleck)

Não é difícil de compreender o motivo de tanto estardalhaço em torno do filme “Argos” e não precisei chegar aos créditos para saber que o filme é de qualidade acima do esperado; mesmo sendo interrompido por minha esposa a cada 15 minutos com perguntas sobre as crianças e o meu dia; totalmente vidrado nos 120 minutos de filme a minha frente; entre “pauses e plays” me deparei com a fascinante historia em que fiquei tentado a ir ate o final. O filme é daqueles que te deixam com os nervos a flor da pele e te dá aquela falsa sensação de estar afundado dentro da poltrona. O roteiro se baseia em uma historia real, em que os E.U.A. o Canadá e a C.I.A. esconderam com sucesso por quase 30 anos, e somente foi revelada em 2007 em um artigo intitulado “How the CIA Used a fake SCi-Fi Flick to Rescue American from Tehran” publicado pela revista Wired.


A trama transcorre sobre este que foi um dos maiores segredos de estado na historia, teve seu ocorrido no final da década de 70, que foi chamada a crise dos reféns, mas necessariamente em 1979, quando xiístas iranianos revoltados com o asilo político cedido pelos E.U.A. ao ex´-XA iraniano.

O fato central se dá quando seis diplomatas conseguem escapar sorrateiramente pelas portas do fundo da embaixada e conseguem se esconder na casa do diplomata canadense que Poe em risco a vida da sua própria família em prol dos americanos.

A situação começa a se complicar com a iminência da descoberta da falta dos diplomatas junto aos reféns, caracterizando assim, os mesmos como espiões o que os levaria ao fuzilamento em praça publica.

Tendo o estado americano a obrigação de intervir, não somente pela vida de seus conterrâneos, mas também pelo risco de inserir o Canadá nos mesmos riscos, os grandes esquadrões do governo discutem qual a melhor possibilidade de fazer a extração dos diplomatas, é neste cenário de conflito que entra em cena Tony Mendes, o responsável de maior patente dos E.U.A. quando o assunto é extração.

Tony que já vive seus problemas pessoais (o que seria um tremendo clichê, se não fosse a pura verdade), se reúne com os mandatários, a fim de solucionar e encontrar o melhor meio de salvar os americanos; tendo em vista a época de grande produções cinematográficas como Star Wars e Planeta dos Macacos, Tony sugere que a melhor forma de extrair os americanos é criar um falso filme que possa ser rodado nas terras desertas da cidade de Teerã, e fazer com que estes se confundam com pessoas da produção dos filme.

Com a ajuda de dois renomados nomes de Hollywood, a história se desenrola, não sem antes fazer cair pingos de suor da sua testa, o que vem depois são pura tensão e adrenalina, cada minuto que passa é um que você fica sem fôlego sem saber ao certo o que vai acontecer no final.

De lição se tira o aprendizado de que nem sempre se faz necessários créditos e gratidões para se fazer o bem, e que há mais sujeira embaixo do tapete do que você esta acostumado a ver pelos telejornais e pelas revistas semanais...

O filme foi considerado um dos melhores do ano e levou para casa três das sete indicações, incluindo melhor roteiro adaptado, melhor filme e melhor edição; levaria também a de melhor ator coadjuvante, com Alan Arkin que interpretou extraordinariamente o produtor hollywoodiano Leste; mas o páreo desta vez estava duríssimo e quem levou a estatueta dessa modalidade foi o também formidável Christopher Walts, por sua atuação em Django Livre, e cá entre nós! O meu voto seria para Wats.

No final ainda se tem uma citação de Marx, que deixa bem claro como são as coisas, mesmo que apresentada as avessas pelo produtor Lester, talvez ela nos plante um pouco de duvida, o que sempre é produtivo, quando toda uma nação esta submersa na estupidez.



“A história se faz primeiro como uma tragédia e depois ela se repete como uma farsa”

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Em breve...

...Comprou a passagem com o trajeto mais longe que havia, e passou a noite no ônibus percorrendo estradas desertas sobre a chuva. No dia seguinte fez o mesmo e assim, depois de dias inteiros em trens, caminhadas e ônibus da meia noite chegou a um lugar onde as ruas não tinham nome e as casas não tinham numero e onde nada e ninguém lembravam dele. ... Teve cem profissões e nenhum amigo. Fez dinheiro que logo gastou. Leu livros que falavam de um mundo no qual não acreditava mais. Começou a escrever cartas que nunca soube como terminar. Viveu contra a lembrança e o remorso



O Prisioneiro do Céu (C. R. Zafon)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Azarão (Markus Zusak)

A Menina que Roubava Livros” e “Eu sou o Mensageiro” são livros agradáveis, de narrativa leve e historias que buscam a comoção para o bem, em que os personagens normalmente se superam entre o caos do dia a dia. Ambos escritos por Marcus Zusak. O também autor de O Azarão, primeiro livro da trilogia dos Irmãos Wolfe. O livro tem como personagem principal Cameron Wolfe, um pervertido que vive aos braços das travessuras e tentativas infrutíferas de atrocidades e que só traz desgosto e problema aos pais. Cameron age impulsivamente e estimulado pelo irmão Ruben, que apesar de mais velho e incorrigível tal qual o caçula, ambos são os mais novos de uma família que luta pela sobrevivência e vê a cada noite o mesmo alimento no prato - Cogumelos. O livro se baseia no pensamento de Cameron em que este analisa as duas únicas possibilidades de sua “infeliz vida” ou se torna um perfeito delinqüente ou luta contra tudo e todos para se tornar alguém digno de respeito, e conseguir apenas ser amado por uma garota que seja realmente verdadeira, que não saia em pensamentos das paginas de uma revista pornográfica. Narrado pelo próprio Cameron, que sempre que pode conversa com o leitor, o livro tem inserções em forma de poesia dos sonhos de Cameron. Diga se de passagem que o livro é voltado para o publico Juvenil, mas acredito que o “tapa na cara” serve melhor para adultos que já passaram dessa fase da metamorfose e transformação que todo adolescente passa ante a fase adulta e que nunca se sabe o que se como; onde e quando vai ser! Qualquer aspecto da vida. É inconsistente alegar se o livro é bom ou ruim, antes de sair à continuidade da obra em que se espera o desvencilhar das tormentas dos personagens. O que fica evidente é a singela forma em que Zusak nos apresenta uma história sem muito conteúdo ou grandiosidade, mas que o faz de forma majestosa que entre paginas e paginas cativa o leitor que nesse momento já não se exaspera por grandes novidades, o pecado talvez tenha sido pela brevidade da obra, livro e leitores mereciam mais algumas paginas sobre os Wolfes cujo cotidiano tão singelo e comum fez despertar tantas fantasias na cabeça do autor. Lançado pela Editora Bertrand com 15 anos de atraso; esta foi a primeira obra de Zusak, que começou a escrever prematuramente aos dezesseis, quando ainda era um garoto introvertido no colegial, como mesmo sugere as orelhas do livro; que também citam a possibilidade de Cameron ser um alter ego do autor; adquirindo assim, ainda mais torcida para o incorrigível adolescente que ganha simpatia a cada round que se vê lutando ou apenas derrotado.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Mundo Segundo Garp (John Irving)

O telefone toca em uma manha cinzenta às 09 horas, a primeira coisa que você imagina ouvir é um sonoro e autentico “bom dia”, ao invés disso; sente despejado em você, palavras que não fazem muito sentido. “Fala para mim que você não tem cachorro”? O teu cérebro demora cerca de 5 a 10 segundo para tentar identificar a voz em desespero do outro lado da linha. E a única coisa que te tranqüiliza a principio é o fato de realmente você não ter um cachorro. A surpresa que passara do susto a empolgação agora te faz sorrir e ansiedade toma conta de todo o teu ser. Pois acaba de ganhar um presente de natal que chegara um pouco atrasado. Entre as grades do portão havia espaço suficiente e foi essa a idéia que passou pela sua mente. O livro ali foi jogado na esperança de que nenhum canino o fizesse de brinquedo para os dentes. Ao chegar em casa lá estava sobre o piso gelado o primeiro exemplar de John Irving. A capa de fundo vermelho traz um desenho de casa, dessas americanas, que se costumam desenhar no segundo ano do primário, em letras garrafais centralizado um pouco a direita o titulo leva o nome de “O Mundo Segundo Garp”. Mas o melhor ainda estava por vir, dentro daquela capa um infinito de interpretações sob a tão intrigante vida do escritor S.T. Garp; que desde o nascimento tivera sua vida especulada pela forma tão intrigante que veio ao mundo. Assim como o próprio titulo sugere, o livro tem como personagem principal Garp, que entre os anos conta sobre o que passa e os que passam ao seu redor, e nos proporciona a rotina e os devaneios de um escritor, e neste ponto me pergunto: O que só colaboraria para magnitude da obra. Vale lembrar que “O Mundo Segundo Garp” foi considerado um dos melhores romances americanos do século XX e teve sua versão cinematográfica em que foi estrelado no papel de Garp ninguém menos que Robin Williams. Os seus personagens são encantadores cheios de vida e de uma transparência elegante que trazem a tona assuntos de extrema polêmica tais quis sexo, machismo, homossexualismo e principalmente política, seja ela no âmbito governamental e/ou institucional. O livro surpreende pelo crescimento que possui conforme evolui a trama, como se o próprio autor fosse amadurecendo conforme fosse escrevendo. O próprio Garp que a principio passa a impressão de um tremendo fracasso, vai adquirindo tanta simpática que no final é visto como um verdadeiro herói, seja como pai, filho e ate mesmo escritor, mesmo que para isso o bandido seja um simples sapo. É o tipo de livro para ser visto com um pé atrás, com um olhar clinico, ou ate mesmo uma lupa, para entender que o romance não trata apenas de um escritor que apresenta em cena as boas qualidades do seu alter ego (seja isso verdade ou não). O livro trata do medo que temos de perder nossos filhos, do medo que temos de enfrentar uma sociedade machista e do medo que temos de sermos sinceros com nós mesmo. É um livro acima de tudo bonito e poético, mesmo não contendo rimas e estrofes. É um livro muito alem do conto Grillpazer. “Nós inventamos o que amamos e o que tememos”

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

I´m Legend (2008 - Francis Lawrence)

Inúmeras foram as vezes que em vão; tentei assistir a Lenda (Francis lawrence – 2007); não me recordo os motivos, mas sempre eventos primordiais me faziam abandonar a trama no inicio; no meio ou antes do fim. Isso mudou em uma terça feira chuvosa, em que os ânimos para uma academia não estavam assim, digamos, tão ressaltados.
Liguei o DVD, me joguei no sofá, e lá fui conferir o que talvez seja a melhor adaptação do livro homônimo de Richard Matheson. E cá entre nós... Foi bem melhor do que puxar ferro. O mais impressionante é que eu nunca tinha assistido o começo do filme, quando explica a origem do vírus Krippin, e a singela participação de Emma Thompson no elenco cujo sobrenome da personagem dá nome ao vírus que infecta todo o mundo..
Surpreendeu-me saber que a nossa belíssima Alice Braga fazia parte do elenco, mas convenhamos o filme é todo de Will Smith, deixando pouco espaço para coadjuvantes a não ser a corajosa Samantha companheira fiel do nosso protagonista.
Nem preciso mencionar que a atuação de Will Smith é fodástica, se a historia por si só já não fosse bom o bastante. Ele teria o credito de ter levado o filme todo nas costas.
A trama decorre sobre um vírus que assola a ilha de Manhattan levando quase ao fim toda a humanidade, e ai que se enquadra o coronel e virologista do Exercito Robert Neville, ele é o responsável para achar a cura do vírus criado genética pela doutora Krippin, que a bons olhos imagina ter achado a cura do câncer. Nesse aspecto a dupla Will Smith e Francis Lawrence chegam ao ápice da trama, eles conseguem demonstrar todo o horror da situação sem dizer palavras ou mastigar idéias.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Rainha do Castelo de Ar (Stieg Larsson)

Quem diria que naquele final de tarde eu faria uma escolha tão certeira? Após passar horas agradabilíssimas na noite de natal com a família, eis que minha Irma me sugere um presente um livro! Mas qual? Ela perguntou. Quando se esta dentro de uma livraria a duvida é proporcional a quantidade de livros lá existente e o risco é tão alto que se assemelha ao profissional que vacila entre cortar o fio azul e o vermelho de uma bomba. E só na ficção que sempre é o vermelho! E contra toda e qualquer lei de Murphy dessa vez eu tirei a sorte grande, um livro que me deixou mais do que surpreso: A Rainha do Castelo de Ar é o livro que encerra a trilogia Millenium escrito pelo jornalista Stieg Larsson. Antes de qualquer coisa, cabe ressaltar que o livro deveria ser obra obrigatória para estudantes de jornalismo por este mundão a fora, tanto pelo caráter investigativo quanto pelo ético e moral. Eu realmente fiquei em duvida se o autor iria conseguir dar origens interessantes e não absurdas para os personagens da ficção e confesso ter quebrado a cara nesse aspecto. Talvez dois pequenos detalhes se aproximem do absurdo, os super poderes da nossa heroína e a imensa atração que as mulheres sentem pelo nosso jornalista Super Blomkvist. Fora isso o livro é acima da média, com suas conspirações, tramóias e traições, e desperta no leitor o interesse pela averiguação do fato assim como a honestidade do ser humano; entra de sola contra o preconceito e emplaca de uma vez por todas o jargão de que um livro não se compra pela capa. Mesmo querendo fugir dos detalhes que envolvem a obra, não da para não fazer um comentário sobre o que na minha opinião foi o grande ponto alto da trama, o julgamento em que Lisbeth tem que provar a todo custo sua inocência, e incrível o desenrolar dos fatos e a forma como a nossa hacker vê o resultado. O livro tem vastas 688 páginas e seria muito difícil resenhá-lo sem deixar vazar um spoillerzinho que seja então o melhor é indicá-lo para que cada um descubra os segredos da família Salander por si só. http://www.febbem.blogspot.com.br/2009/10/os-homens-que-nao-amavam-as-mulheres.html