quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O Soberbo Orenoco (Julio Verne).

Orenoco é um dos principais rios da America do sul e talvez o principal rio da Venezuela. Isso qualquer venezuelano ou fã da cantora Enya há de saber, o que poucos não sabem é a historia que se sucedeu há alguns anos, por entre as águas deste soberbo rio; ao menos foi assim na cabeça do escritor Julio Verne. A história se dá quando três amigos geógrafos decidem se aventurar pelas águas do próprio Orenoco, a fim de conhecer seus afluentes e os rios pelo qual este se origina; junto a eles viajam o sargento Marçal e o dito seu sobrinho, de nome João, a procura do pai, outrora desaparecido. Com objetivos bem distintos os dois grupos seguem viagem rio acima, Uma viagem longa, cansativa e cheia de aventuras é o que nos proporciona a imaginação de Verne que uma vez mais deixa bem evidente seu amor por seus compatriotas franceses que também nesta obra aparecem com papeis fundamentais no desenrolar da trama. Descoberta é a palavra chave de toda a obra, pois elas se dão em todo decorrer do livro, fazendo pasmos e surpresos o leitor.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sombras da Noite - 2012 (Tim Burton)

Sombras da Noite é um filme produzido para ser uma homenagem ao seriado de nome homônimo transmitido no final da década de 60 ate meados da década de 70. Para quem nunca assistiu o seriado fica a duvida se o filme faz jus à série. O filme é antes de tudo um filme de Tom Burton com sua cara e assinatura; qualquer leigo é capaz de identificar um filme de Burton, seja por seus personagens, por seus dias de hallween ou por seu vermelho gritante que se destaca em fundos opacos. Burton por sua vez parece cada vez mais se preocupar menos com a crítica hollywoodiana, e nos intriga ate quando produzirá filmes no seu próprio estilo, “Burtoniano” sejam eles bons ou não. O que é bem o caso de “Sombras da Noite”, que recebeu críticas severas da imprensa, mas que nem por isso é todo um desastre; sua dupla favorita de atores estão novamente radiantes; Depp e Helena, dispensam elogios; sempre com atuações uniformes e formidáveis a dupla encantou de novo, Depp no papel principal e Helena como a médica louca, sonhando com a juventude; uma atuação bem acima do média. A história em si, não é nada que nos faça lembrar por durante 200 anos, tal qual a prisão de Barnabas, e o roteiro de fato possui alguns furos; deslizes que podem ser facilmente esquecidos se levarmos em consideração a década em que mais se produziu historias de lobos e vampiros. O gênero passeia entre a comedia e o terror, mas se aprofunda no reino da fantasia, campo em que o diretor é um especialista sem deixar de lado uma breve pitada de romantismo em meio a cenas tristes e sanguinolentas.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Caminho da França (Julio Verne).

Dentre tantos conhecidos; Caminho da França não é um dos mais citados da vasta biografia de Julio Verne; não tem uma posição de destaque mas nem por isso deixa de ser tão majestoso, e sem sombras de duvida é mais um que pontua a favor da literatura francesa. Em suas poucas páginas, (são apenas 199), o autor relata os percalços em que um grupo de amigos sofre ao ter que fazer travessia da fronteira entre Alemanha e França, tendo como pano de fundo os acontecimentos dos dias antecedentes a guerra franco-prussiana. O melhor a ser feito, é ler a obra, acompanhado com um bom mapa datado da época, para acompanhar a natureza européia da época, e memorizar lagos, rios e morros alemães de nomes tão pitorescos Com personagens cheios de vivacidade tendo cada qual a sua motivação na vida, sendo vilões ou mocinhos; Julio Verne faz uso de uma ferramenta muito comum, usa o protagonista Natalio, como bode expiatório e assim enfatiza a personalidade alemã, denotando suas piores qualidades em que a frieza ganha papel massacrante. A narrativa é tranqüila e tem uma linguagem simples e atrativa; como toda boa obra francesa.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Vendedor de Sonhos (A. Cury)

Foi a primeira vez que me deparei com tal situação, o que por si só já era um mau sinal, cheguei ao ponto de começar a resenha antes do livro, que é justamente o que faço agora. Tamanha era a dúvida entre ler ou não ler, e ter pela frente talvez 10 dias perdidos em 295 entediantes páginas Depois de muitas pesquisas em vão, decidi por eu mesmo tirar as conclusões do universo que envolve Augusto Cury, se gostei ou não do livro Vendedor de Sonhos – 295 páginas é o que conto agora. Mas antes preciso dizer o quão difícil foi dar inicio ao livro sem colocar em cena, os conceitos pré-definidos sobre o autor; digamos por assim dizer que Augusto Cury não rogava de bom prestigio dentro da minha humilde e pequena biblioteca. Mesmo assim lá estava eu forte para encará-lo frente a frente com um receio enorme de a qualquer instante, pular de sobre as páginas um mago gritando: Ah-ra!! Te peguei meu nome é auto-ajuda! Eu não sabia a fria em que me metia, devia realmente ter dado mais atenção ao meu subconsciente e ter me afastado a tempo, entretanto, teimoso, persisti. A história por si só é fraca e entediante, já de inicio foi difícil engolir que um cidadão saia sem ter que prestar nenhum esclarecimento às autoridades mesmo depois de atentar contra a própria vida, e ainda mais imaginar uma multidão fazendo coro frente à um mendigo, dançando e expondo os seu problemas de forma alegre e feliz. Contudo, persisti ainda sim. Aos trancos e barrancos fui adentrando a historia, sem boas perspectivas, e a cada página virada maior se tornava o meu desgosto, certo de que realmente nada mudara quanto aos meus conceitos mais primitivos, ou melhor, dizendo: preconceitos. Não me lembro de ter lido em nenhum outro lugar, tantas vezes as palavras “júbilo e psique” e por várias vezes me perguntava se aquilo tentava ser filosofia barata, como se tivesse poderes mágicos, esperava ansiosamente alguns conceitos básicos de Freud, que não tardou a chegar como apelido do nosso “suicida” – superego. Uma analogia bem clara do que pretendia passar-nos o autor. Já que gosto não se discute, não é pecado algum eu dizer que realmente não gostei da obra em questão, é sabido que o próprio Augusto Cury, de forma mágica, já vendeu mais de sete milhões de livros em todo Brasil, felizmente ou não, eu ainda não fui contagiado por essa magia. Forçando cada vez mais a barra para não desistir, a cada dia eu lia menos e já sem boas pretensões, de fato minha luta teve fim à página 106, quando já desgastado, nada de útil me entrava a cabeça, nem me lembro qual foi o estopim para que eu finalizasse minha tentativa, mas de bom realmente nada ficou. E por ironia, ao invés de sonhos, ainda tenho maus pesadelos, em que mendigos, e.t.´s e suicidas vêem ate a mim para conduzir minha vida, dizendo como, quando e de que modo fazer. Resumindo, O Vendedor de Sonhos é isso, pura auto-ajuda, com um disfarce barato de romance literário; com muitas frases de impacto de pouco sentido. Não recomendo, a não ser para aqueles que precisam de conselhos e auto-afirmação a todo instante.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

CORINTHIANS - Amor sem divisão

Da rápida passagem que o Corinthians teve na segunda divisão do campeonato brasileiro, poucos esquecerão, sejam estes Corintianos ou não! Não se anime se estiver à procura de um Best-seller, pois o livro não é nenhuma matéria prima no quesito literatura. Tem uma linguagem simples e direta, concordo que ideal para o publico a ser atingido e não falo aqui de questões sociais e/ou financeiras; mas sim por que talvez a intenção é trazer a tona, ao esclarecimento de todos, o que passou aquele grupo que obrigatoriamente ou não, trouxe o Corinthians do lugar de onde nunca deveria ter saído. Depois de um breve resumo, com fatos, curiosidades e detalhes importantíssimos da historia do time mais amado e odiado do Brasil O organizador Claudio Varela acresce entrevistas com os principais jogadores daquele grupo, algumas notas já são sabidas pela maioria dos torcedores, entretanto há algo novo que explica melhor a turbulência dos anos anteriores a queda e da bagunça que se vivia no Corinthians. E fica notável e claro que o mais importante naquele momento foi a união em que o grupo se encontrou, sem vaidades, egoísmos ou coisas menores, e mal sabia eles, que ali davam o primeiro passo para a conquista da taça libertadores de 2012 (não! Isso não vem escrito no livro). De qualquer forma, só por ser Corinthians, já valeria a pena telo na estante.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Box - Agatha Christie


O Melhor de Agatha Christie
Box
Assassinato no Expresso Oriente
O Natal de Poirot
Caiu o Pano

Algumas coisas na vida fogem ao obvio, mas nem tudo. Explico! Poderia alguém de tanto sucesso, publicações; adaptações e aceitação escrever livros descartáveis ou propriamente ruins? Sim! Poderia. Temos ai os Paulos e os Augustos da vida que comprovam isso, entretanto não é o mesmo que acontece com nossa Rainha do Crime. Apresento – vos: Agatha Christie. Que em toda sua vida publicou mais de 80 romances dos quais foram traduzidos em muitos países, ganhando adaptações no cinema, teatro e na televisão. Agatha é justamente o obvio! E eu de forma juvenil e um tanto quanto inábil teimava em aceitar a lógica; torcendo o nariz em diversas vezes, da qual me era indicada as suas obras. Mas se Maomé não vai à montanha, alguém deve empurrá-lo ate lá! E assim o foi! E lá estando me deliciei saborosamente a uma porção tripla de suspense, intrigas e surpresas. Ao conhecer Poirot, talvez não tivesse uma boa primeira impressão, mas sua inteligência, sagacidade e justiça me cativaram a tal ponto de sofrer em sua morte; mas sabendo que tudo fora feito em nome da justiça e do bem estar das pessoas e que nosso amigo partira, ironicamente fazendo aquilo do qual ele sempre inteligentemente lutou para evitar. Os temas abordados implicitamente talvez não sejam o ponto alto de toda a narrativa, mas é de grande valia. Polêmicos e sugestivos a personalidade de suspeitos e vitimas.

O Cemiterio de Praga (Umberto Eco)

Marina (Carlo Ruiz Záfon)

Marina Carlos R. Zafon Sabe aquela expressão “caiu do céu”? Pois é, foi assim que aconteceu comigo e Marina (189 Pág. – Suma), não de forma literal é lógico, por que do céu mesmo só vejo cair chuva e aviões da FAB, nos últimos dias nem chuva! Mas foi assim de forma casual, passando pela livraria por acaso entrei, por acaso lá estava Marina sorrindo para mim, eu que já não lia há tanto tempo, não pensei em sair dali com aquela obra, ledo engano ao correr os olhos vi o nome do autor e ao primeiro instante nem consegui ligar Zafon a Sombra do Vento e ao Jogo do Anjo, livros dos quais tanto elogiei aqui mesmo nesse blog; então por acaso comprei. Depois de folhear, cheirar e se amarrar ao livro, comecei a minha agradabilíssima leitura, que se demorou por sete dias como de costume, até mesmo porque Marina é um destes livros curtos de poucas páginas e vasto conteúdo que tem como tema o amor e o suspense como plano de fundo. A historia é escrita por Marina, mas narrada por Oscar, este que por vezes até se passa por protagonista, mas é por Marina que de cara o leitor se encanta diante sua sublime beleza, sua altivez, leveza e iniciativa. A história se passa em Barcelona, cenário já conhecido pelos leitores de Zafon, onde Oscar estuda num colégio interno (eu ainda tenho a impressão de ter lido orfanato) e passa seus dias a revelia de padres, tendo apenas um colega, começa a sair do internato (ou orfanato) e a vagar nas ruas e vielas da belíssima cidade catalã, quando em certo dia entra sorrateiramente na casa de German, levando consigo uma peça de muito valor para o dono. Antes que se atirem todas as pedras do Egito no pobre Oscar, saliento que este nada tem de ladrão e que seu caráter se mostra muito belo e honesto ao decorrer do livro. Ao voltar para devolver o relógio Oscar e marina iniciam uma bela e duradoura amizade e se deparam com um mistério de linhas bem amarradas e interessantes. O livro tem uma escrita leve, o próprio Zafon diz ser este o melhor livro por ele já escrito, o que para mim é só uma jogada de marketing, pois gostei muito do jogo do anjo. Vale lembrar ainda que “Marina” foi relançada pela Suma tendo sido escrito antes de suas duas maiores obras. Recomendo.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Resumo da semana

Tem coisas na vida que nos dão bons motivos para escrever, eu particularmente gosto de falar sobre filmes e livros, isso não implica que o faça de forma genial, mas gostar nunca foi sinônimo de fazer bem, mas ajuda bastante, como resumo da semana eu poderia falar sobre dor de dente, já que sofri de uma essa semana, mas o que tirar de bom de uma dor de dente? Alguém ai arrisca? ... Eu imaginei que não. Pois então vou entregar lhes o segredo, o melhor que se pode tirar de uma dor de dente é o Atestado medico, foi este que me proporcionou uma tarde tranqüila, com minha filha dormindo no quarto ao lado e meu filho batendo bola na parede, enquanto eu tentava romanticamente assistir “o Artista”. Depois de tal fracasso, tentei me apegar ao “Natal de Poirot”, livro de Ágata Christie, depois de algumas paginas; mais dipirona e por fim o sono e com ele os sonhos, que para mim são sempre boas anomalias, se é que a frase permite a antítese. E por fim o singelo e não tão belo fato de escrever! E por que fazê-lo? O legal de escrever, é que no final da contas você sente a obrigação de fazê-lo, mesmo sem assunto, pois quando não se tem nada sobre o que escrever dá para inventar alguma coisa, recordar boas piadas ou ate mesmos contar mentiras, na melhor das hipóteses ficar matutando até encontrar algo bacana para dissecar, muitas vezes acaba vendo a coisa toda por ângulos diferentes e revelando assim verdades ocultas e no mínimo interessantes, logo dessa forma você acaba ajudando uma galera a admirar com outros olhos algo que já estavam aborrecidos de vê-los e nessa hora que você pode gritar: Bingo! Pois acabara de quebrar fortes paradigmas e criar soluções novas para velhos problemas. O tema pode ser fútil ou ate mesmo enciclopédico não importa, se render bons ensinamentos ou algumas risadas já valerá a deixa, no final das contas tem sempre alguém que se identifica com aquilo que está escrito, seja mentiras tendenciosas ou verdades obsoletas. E o porquê de tudo isso agora? Simples, só para voltar a escrever e não passar mais um dia em branco e lembrar que no final de tanta coisa a ser dita o que sobrou não foi nada; nem paginas em branco nem dentes doloridos, só a parte final do filme para entender.