sexta-feira, 18 de julho de 2014

Sexo; Drogas & rock´n´Roll

O problema é quando você não percebe a graça e o encanto do momento. Aqueles cinco garotos, de calças e tênis rasgados, se jogaram na utopia de um ideal, deitaram em sarjetas e sujaram as mãos para combater o sistema.
Deram a cara à tapa para uma sociedade careta e arbitrária; ao som de Misfits e Pistols, perambularam pelas ruas; em bandos; cabisbaixos e tímidos, quando ainda não era moda usar uma camisa escrita RAMONES.
Desdenhavam de todo o resto, e se viraram contra o mundo como quem se sente muito superior a ele. O riso não era habitual, e a brincadeira deu lugar a uma seriedade que não se convém a meninos.
Trocaram a noite pelo dia, e sem perceber, a cada trago de cigarro, a cada latinha de cerveja jogada em bueiros, fortificaram uma amizade que ainda perdura por mais de vinte anos.
Por vezes, os erros do passado lhe voltam a cabeça, como fantasmas aterrorizantes e repletos de arrependimentos, mas esses mesmos fantasmas se tornam cães domesticados diante a diversão contemporânea, resumida em tablets e senhas de wi-fi
Os jovens envelhecem, as musicas já não mais as mesmas, e o tão sonhado ideal, se resume a tecla “confirma” de uma urna eleitoral. Mas a sensação de ter vivido o lema de Sexo, Drogas e rock´n roll essa é eterna; Não morre e nem vira purpurina.