quarta-feira, 9 de setembro de 2009

ERRAR É MESMO HUMANO


Erro, logo existo!
Descartes que nos perdoe, mas errar é a qualidade fundamental do ser humano. Alguém ousa a duvidar?
Quem é que não tem o infeliz de hábito de estragar tudo com um simples gesto ou com poucas palavras?
Pois é, entre na fila e bem-vindo ao clube.
È assim que funciona, iludido por obter a razão, todo e qual ser humano, sempre pisa na jaca, sempre; seja isso esperado ou não.
E convenhamos, de surpresa é mais engraçado.
È a forma primordial de mostrar a sua existência e a sua falta de sensibilidade e capacidade técnica para viver no mundo perfeito do qual vivemos.
Acreditem, nos primórdios A Terra era habita por pássaros e não apenas por urubus, os riachos e lagos eram límpidos, ate alguém inventar a palavra poluição, padres não comiam criancinhas, e violência, era a cena de algum filme do Stalone.
Se nós, homens, não somos um erro expressivo de Deus, tenho absoluta certeza de que ele lamenta de joelhos por esta equivocada criação; e se martiriza na pergunta:
- Por qual motivo eu não criei apenas as mulheres.
Somos predestinados a estragar tudo o que há de perfeito, o Rio Tietê, A Amazônia e a musica de Chico Buarque; estragamos ate o que fica longe de ser perfeito, o hino nacional cantado por Vanussa é a prova mais recente.
Somos a personificação do erro.
Erramos nas medidas provisórias; primeiro em aceitá-las, depois em não cumpri-las.
Erramos ao aceitar a CPMF e vamos errar outra vez ao incorporar a CSS, o imposto sem sentido.
Erramos ao eleger os governantes, e depois com o poder em mãos erramos ao governar, ou a brincar disso.
Erramos por provocar a censura e agora erramos porque somos a censura.
Erramos em nossos hábitos alimentares, para saciar uma fome inexistente; e erramos ao deixar de comer para reaver a beleza que nunca se perdeu.
Erramos nos vícios, quando fazemos dele nosso amigo imaginário.
Erramos em tudo; nas pessoas e nos prazeres.
Erramos ao buscar nos filhos o sucesso que não obtivemos, e faz as nossas mulheres desejarem ser as mulheres que nunca tivemos.
Erramos diariamente em meio ao transito, do qual transformamos numa guerra.
Erramos em fazer a guerra.
Assim como erramos no amor
Erramos com quem amamos e com quem nos ama.
Erramos no sexo.
E se o erro se limitasse em aparecer depois de nove meses, isso ainda seria saudável; mais o erro às vezes faz agente desaparecer, ou quase isso, em poucos meses.
O erro é parte do cromossomo em nosso genoma, está inserido assim como a cor dos olhos e a corrupção.
É erro que nos torna humanos.
Que por vezes nos ensina
Mas geralmente nos atormenta e nos elimina.

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