segunda-feira, 10 de março de 2014

Jogos Vorazes - em chamas; O Lobo de Wall Street; A Menina que Roubava Livros

Final de Semana...!
Sol de tirar pica pau do oco!
E na falta de uma piscina no fundo do quintal qual é a melhor coisa à fazer no tempo que sobra entre a academia de sábado e o show do Humberto Gessinger no domingo?
Certamente brincar com os filhos, masssss uma seleção de filmes também não é nada mal.
O dia e a noite transcorreu do viciante “Jogos Vorazes em Chamas”; (Gary Ross); passando por “O Lobo de Wall Street” de Martins Scorsese e encerrando pela madrugada no singelo e bonito “A Menina que Roubava Livros” cuja obra de Markuz Zuzak nas telas foi dirigida por Brian Percival.
Ao final da tripla e esgotante sessão; a sensação imperativa de resenha-los, e convenhamos ninguém merece passar a tarde de domingo resenhando filmes, não quando se tem um Corinthians x São Paulo em pleno Pacaembu.
E mais,  três filmes exige muuuuita sapiência, visão critica e o mais difícil de tudo: Tempo para escrever.
Os filmes apesar da disparidade imensa do tema trazem em sua essência por incrível que pareça mais similaridades do que aparentam e/ou imaginávamos e por que não uma resenha para os três?
Então vamos nós falarmos sobre as semelhanças das obras de 2013
Possivelmente a primeira delas, é a beleza perene de suas donzelas, a sempre tão bela Jennifer Lawrence, a pequena Sophie Nélisse e a estonteante Margot Robbie! são os colírios que suavizam as diversas “atrocidades” que compõem as tramas, entretanto o ponto incomum mais pertinente, certamente é o comportamento humano. Seja este na pobreza ou não!
A injustiça e a diferença entre classes é algo que nos faz pensar de forma poética e de bom agrado sobre “revolução”. E quando digo revolução, não digo destas rebeliões que assassinam fotógrafos em praças ecortam cabeças nos domingos de visita em presídios; mas sim de movimentos tais quais serviram de inspiração para o escritor Victor Hugo a escrever a obra “Les Miserables”.
Por que seres humanos, no estado de negros, judeus e pobres miseráveis não se revoltam contra seus vis ditadores? Ou contra aqueles que lhe impõem o sentimento de fraqueza e inferioridade seja por credo, cor, religião ou situação financeira ou time de futebol?
Em Jogos Vorazes, a população dos distritos mais abastados sofrem com a fome, em a “Menina que Roubava Livros” os judeus que se submetem a viver tais quais ratos escondidos em porões, e para finalizar temos a situação toda avessa de um milionário que não mede esforços e pouco se preocupa com valores para adquirir patrimônio e riqueza e dessa forma tocar o F*#@-$%, com sexo, drogas e todas as outras maravilhas que o dinheiro pode trazer.
É logico, que se fosse fácil, o pessoal ali do terminal guaicurus, já estariam criando barricadas e empunhando bandeiras contra o sistema de transporte publico de Campo Grande; o fato é que contra a revolução o Sistema tem uma arma muito proveitosa: a singularidade.
As personagens Katniss e a pequena Liesel; sabem bem disso, sofrem com as condições impostas pelo Estado e se tornam reféns e marionetes de um sistema inescrupuloso e nazista e interesseiro. Dessa forma realmente é difícil ir contra o código, sabendo que os feridos serão aqueles que você mais ama.
E assim transpassamos da ficção para o mundo real, e dessa forma, aceitamos impostos abusivos, corrupção de governantes e racismo e todo e qualquer tipo de roubo que existe no meio e na politica Brasileira.
E o que o nosso J. Belfort – o lobo de Wall Street tem haver com isso?!?
Simples - A pobreza!
Ele sempre sentiu a necessidade de ser milionário para não ter que se submeter isso, e confesso, do sofá da sala lá em casa, ate eu senti ódio por ser pobre, depois de ver tudo o que o dinheiro pode proporcionar.

Jogos Vorazes – Em Chamas
Eu sempre digo que está; não é uma obra prima, que contem erros gritantes de roteiro, mas é inexplicável como o filme é viciante, talvez seja o fato do Reality Show colocar o nosso ancestral e insípido BBB no chinelo, ou talvez pela beleza de Katniss, interpretada por Jennifer Lawrence (e não me canso de dizer isto); eu particularmente sou encantado pela Jeniffer Lawrence, mas confesso que em Jogos Vorazes - em chamas, quem me roubou a atenção foi (Jena Malone) com sua personagem Johanna Manson, cheia de vida, ódio, revolta e ousadia, e não foi só a minha atenção que ela roubou, conseguiu a atenção de Peeta, e gerou uma pitada de ciúmes em Katniss, que desenvolve em torno da trama, um cuidado todo especial por Peeta.
No final o sentimento que temos, não se sabe se raiva pela trama acabar com um imenso ponto de interrogação ou se é a ansiedade pelos próximos novembros que trazem a parte 1 e 2 da finalização da trama.


O Lobo de Wall Street
Se você já assistiu “Em busca da felicidade” e também assistir “O Lobo de Wall Street” assim como eu, vai se perguntar:
Por que diabos eu não virei corretor de valores?
O povo que ganha dinheiro fácil. É muita grana! E o filme gira em torno disso, de como o lobo J. Belfort gasta toda essa grana.
Interpretado por Leonardo di caprio, o filme é longo, mas nem de perto cansativo, e o pior de tudo que não da para sentir raiva do cara; é mais fácil sentir inveja; mesmo sendo ele um cafajeste, um viciado e um irresponsável.
Em um cenário de sexo e muitas drogas, o lobo leva a sua vida, não se pode dizer trapaceando, mas jogando sujo contra o sistema e se diverte muito em função disso, só pelas cenas sensuais de Margot Robbie o filme em si já valeria a pena; é bom tirar as crianças da sala antes de assisti-lo.

A menina que roubava livros
Se prepare para derramar boas lágrimas, mesmo aqueles já blindados por terem lido a obra de Zuzak, vão se surpreender.
Antes de apertar o play é bom se preparar para uma boa dose de tristeza e emoção e poucas chances de um final feliz. A ficção que é narrada pela morte e conta a historia da pequena Liesel (Sophie Nélisse) que abandonada por sua mãe, tem que lutar contra as atrocidades e as dificuldades da Alemanha Nazista.

O filme é belo em toda a sua essência, ronda no ar um gosto de poesia, que começa no cenário gelado da Europa de 1940. A fotografia é de ganhar destaque assim como a atuação dos veteranos Geoffrey Rush e Emily Watson. A Historia dispensa comentários, mas nos remete a pensar sobre a paixão que temos por aquilo em que acreditamos e por aqueles que deixam em nossa alma a leveza da existência.

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